sexta-feira, 17 de setembro de 2010

APRENDENDO SOBRE UM MILAGRE DE JESUS...

O MILAGRE DA MULTIPLICAÇÃO!

Texto: Lucas 9:10-17 -  2ª IPI de S. J. do Rio Preto – 03/02/2010



Introdução

- Parece que hoje as pessoas não gostam mais de histórias. Parece que simplesmente queremos ver, tocar e presenciar. A Bíblia é um livro de muitas histórias, as quais cremos, serem verdadeiras e de alguma aplicação em nossa vida. As histórias que me agitam na Bíblia são aquelas que relatam milagres, pois são registros da manifestação do poder de Deus em nossa vida.



- Vamos falar sobre a história de um milagre. O escolhido de hoje é quando Jesus multiplica pães e peixes e alimenta uma grande multidão de pessoas famintas. Milagre em síntese significa a atividade de Deus na natureza e história, como demonstração de sua pessoa e caráter excepcional diante de Deus e dos homens.



- Queremos estudar as histórias da multiplicação dos pães e peixes (03/02), a história da mulher com fluxo de sangue (10/02), a história do paralítico levado pelos amigos (17/02) e a história do tanque de Betesda (24/02). Cada milagre que estudaremos vamos descobrir o que a história em si pode nos ensinar.



- Pois bem, o milagre da multiplicação tem muitos sentidos. Primeiro o fato de ser o único milagre de Jesus relatado nos 4 evangelhos. Jesus como sempre arrebanhar uma multidão de pessoas, ele era como que um imã, sua pessoa, testemunho, experiência, sabedoria e trato com os outros tocava corações. Segundo a sua capacidade de alimentar não apenas espiritualmente, mas também fisicamente. De demonstrar que não devemos olhar para as circunstâncias que nos são impostas.


- São três lições que queremos frisar na história da multiplicação:

 
I – VIVEMOS EM UM MUNDO DE PESSOAS NECESSITADAS

- Pensamos que somos os mais necessitados, que somos os únicos a precisar de um novo emprego, de uma casa melhor, mas quero que todos saibam que fora da igreja existem pessoas com muito mais necessidades que todos nós. Pense que naquela multidão havia esfomeados, doentes, atribulados, possessos, pessoas feridas, entristecidas. Enfim, pessoas com necessidades.



- Veja o detalhe do v11: “Mas as multidões, ao saberem, seguiram-no. Acolhendo-as, falava-lhes a respeito do reino de Deus e socorria os que tinham a necessidade de cura”. Como igreja precisamos acordar para isso. Que existem pessoas necessitadas, sofrendo e precisando de carinho, amor e da bênção de Deus. Se queremos trilhar o caminho do discipulado e do reino de Deus é com essa visão.



- Nunca o mundo e as multidões estiveram tão fragilizadas, tão sofridas como hoje. Enquanto estamos aqui, no Haiti há centenas e milhares de pessoas necessitadas brigando e lutando por 1 kilo de arroz, um pouco de água. Enquanto estamos aqui existe uma multidão de drogados, de analfabetos, de doentes. Essa história que muitas vezes é apenas contada pelo lado do miraculo, daquilo que humanamente é inviável, alimentar multidões com 5 pães e 2 peixes, demonstra que Deus tem o seu olhar voltado e atento para essas pessoas.



- Se você me perguntar a cena bíblica sobre Jesus que mais tocou meu coração até hoje, depois da crucificação e ressurreição com toda certeza é o que está registrado em Mateus 9:35-38: E percorria Jesus todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades. Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não tem pastor. E, então, se dirigiu a seus discípulos: A seara, na verdade é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara.

 
II – QUE TEMOS QUE ENCARAR OS PROBLEMAS E DIFICULDADES

- Você certamente já se deparou com problemas ou esteja enfrentando um. Como é difícil quando estamos com problemas. Não importa a razão, não importa a origem, todos sofremos com problemas. Se você prestou atenção no texto bíblico, os apóstolos estavam diante de um “problemão”, o qual eles expõem para Jesus no v.12.



- Não podemos criticar os apóstolos, pois somos iguaizinhos a eles. Na maioria das vezes não queremos enfrentar os problemas. Em última análise, até que temos disposição para encarar algum dos nossos, mas das outras pessoas nem pensar.



- Por que será que os apóstolos tiveram essa reação? Uma multidão com fome sempre é um grande problema. Lembro-me do terremoto que varreu cidade Porto Príncipe no Haiti em janeiro de 2010. Organizar filas, definir quem tem prioridade, cuidar para que todos recebam o alimento.



- Precisamos aprender que a história da multiplicação dos pães e peixes aconteceu para entre outras coisas nos ensinar que temos que aprender a enfrentar os problemas que a vida nos impõe.



- Na realidade temos que aprender que os nossos problemas se esfarelam diante da grandeza e do poder de Deus. Que se recorrermos a ele certamente, Deus nos apontará alguma solução, nos dando criatividade, sabedoria e nos guiando até a solução do problema ou da dificuldade.



- Um exemplo muito pertinente é o texto bíblico de Apocalipse 4:2 que registra uma expressão de um fundo histórico que precisa ser ressaltado. Nesses dias a Igreja era duramente perseguida pela império romano, através de César. Quando João escreve que existe alguém sentado no trono, ele está dizendo que o que eles estão passando não é nada, que eles devem encarar seus problemas e dificuldades, porque Deus está no controle de tudo.

 
III – TEMOS QUE TER FÉ QUE DEUS USARÁ O POUCO QUE TEMOS

- Um autor brasileiro dizia que os brasileiros tinham complexo de vira-lata. Sempre achamos que não somos capazes de nada, de organizar nada. Parece-nos que com as últimas conquistas para gestar eventos esportivos de amplitude internacional isso está mudando. No v.13 vemos que esse sentimento de inferioridade não é privilégio nosso. Eles dizem a Jesus o motivo porque sugerem que a multidão vá embora: “não temos mais que cinco pães e dois peixes...”.



- Não consigo perceber uma fé ousada nesses apóstolos. Consigo detectar que nossa ruína começa quando deixamos de crer. Que a desgraça se estabelece quando não cremos que aquilo que temos e somos, por misericórdia será usado por Deus para prover o milagre. E se o nosso pouco for nada, Deus fará com nada, pois se o mundo que essa complexidade ele criou do nada, imagine a sua cura, o seu emprego, a restauração da sua família, a provisão para sua viagem, a causa que está parada no fórum!



- No v.15 percebo que os apóstolos começa a ter fé, a confiar na orientação do mestre, a deixar de olhar para a dureza da matemática que naquele momento era altamente desfavorável: uma multidão de cerca de 5 mil pessoas e apenas 5 pães e 2 peixes.



- Saiba de algo muito importante. Deus não espera que você faça o milagre. O que penso que seja importante para ele é que você disponibilize o que você tem, sua vida, seus recursos, seu tempo, e principalmente sua fé que será instrumento de Deus para a multiplicação em sua vida e de outras pessoas que Deus lhe usará para abençoar. Desejo o versículo 17 em sua vida: “Todos comeram e se fartaram; e dos pedaços que ainda sobejaram foram recolhidos doze cestos”.



Conclusão

- Nossa oração é que a história desse milagre nos leve a enxergar a vida de uma forma um pouco diferente, com mais solidariedade, com mais otimismo e com uma dose redobrada de fé e coragem. Em Cristo. Amém.

Escrito em São José do Rio Preto, 03 de fevereiro de 2010. Pr. Gilbean Ferraz

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