TECNOLOGIA E A LINHA
TÊNUE ENTRE O BEM E O MAL
Dias desses estava refletindo como os avanços tecnológicos podem de alguma maneira, ao mesmo tempo nos proporcionar inúmeros benefícios, como também nos cercar de inúmeros problemas. Quero apenas exemplificar para que facilite a compreensão de todos.
Coisas boas e benéficas da tecnologia. Hoje não existem mais fronteiras entre povos, países e pessoas. Com o advento da comunicação via satélite e pela internet temos a integração da informação e conhecimento. Com a invenção do avião e seu aprimoramento, é possível atravessarmos o Oceano Atlântico rumo a Europa em poucas horas.
Temos também o efeito negativo do avanço tecnológico. O uso de armas para o genocídio de etnias, guerras, fabricação de drogas e principalmente a poluição do meio-ambiente.
A linha tênue entre o bem e o mal da tecnologia é finíssima. Antigamente, por exemplo, quando as máquinas fotográficas faziam seus registros nos filmes, diferentemente de hoje em que todas são digitais, totalmente virtuais, as pessoas se relacionavam de uma maneira com a fotografia e pessoas. Todos tinham seus álbuns de família. Todos quase que sacralizavam as fotos, e mostravam apenas para pessoas intimas. Pois revelar uma foto era uma vitória sobre o acaso e o infortúnio de um filme queimar e nenhuma foto ser revelada. Evidente que ainda gostamos de fotos, na realidade é o que as pessoas mais fazem, em todo tempo, registram as cenas da vida. Porém, por sua praticidade digital perdeu-se o valor de se imprimir, tocar e compartilhar.
Sabemos que as pessoas postam fotos em blogs, sites e redes sociais, porém, ao mesmo tempo em que são personalizadas, são também impessoais. Infelizmente os avanços tecnológicos geram benefícios, melhorias, porém afastam as pessoas das coisas mais simples da vida.
Penso que na Igreja, na vida do cristão não seja diferente. Ao mesmo tempo em que temos a favor do Evangelho equipamentos eletrônicos que facilitam a exposição e propagação do Evangelho, como som, data, show, instrumentos musicais, iluminação, rádio, televisão, internet, temos também que reconhecer que a tecnologia tem aguçado no cristão um senso de isolamento e enfraquecimento espiritual. Hoje crentes não freqüentam mais os templos por nutrirem sua fé apenas pelos meios de comunicação. As redes sociais são responsáveis pelo incentivo a adultério, vícios visuais e maledicência (incentivo a se comentar de maneira indecorosa assunto ou vida alheia, por qualquer motivo, relevante ou não, verdadeiro ou falso).
Mas o pior de tudo, a tecnologia em vez de gerar nas pessoas um senso de reconhecimento do poder divino (Deus), em criar seres que criam (o ser humano). Em vez de perceber que o surgimento da tecnologia é na verdade um dos sinais da volta de Cristo e do cumprimento da profecia bíblica do livro de Daniel, sobre o fim dos tempos. A tecnologia tem gerado pessoas auto-suficientes, hedonistas e totalmente dependentes de si mesma.
Pensa-se que tendo energia elétrica, equipamentos eletrônicos, maquinários, computadores, não se precisa de Deus. Sabemos que mesmo que os cientistas (desenvolvedores de tecnologias, avanços e descobertas) busquem a partícula de Deus apenas para tentar provar a não existência de Deus, ele continua sendo o Criador de todas as coisas e o Senhor do universo.
Que em nossa vida, toda e qualquer tecnologia seja para a glória de Deus. E que nossa vida possa estar firmada não na areia da tecnologia, mas na rocha da salvação, Jesus. Sabendo que acima de tudo, como cristãos devemos viver dependentes de Deus. Pr. Gilbean Ferraz
Siga-me no twitter: @gilbeanferraz
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