UMA MENSAGEM PRA QUEM ESTÁ PASSANDO POR LUTAS

ADORANDO NA ADVERSIDADE!

Texto: Jó 1:13-22

Introdução

- Um dos personagens da Bíblia que mais nos fascina é Jó. São muitos os motivos que nos levam a dizer isto. Primeiro pelo fato de ter sido um dos primeiros livros da Bíblia que estudamos com profundidade no início de nossa conversão. Depois, por ser o mais antigo livro da Bíblia. E por relatar a experiência de um homem, diante da prova, diante do sofrimento, diante das crises espirituais, diante das acusações, depressões e de seu reencontro com Deus. A história de Jó daria um belo filme ou uma empolgante novela.

- Neste mês de março estudaremos as lições práticas que encontramos na vida de Jó. Sempre que nos detemos a estudar a vida de alguém, precisamos aprender a desenvolver a capacidade de extrair algo de bom para nossas vidas. Assim como a abelha que retira do pólen da flor o néctar para o mel, assim como das profundezas das rochas, o ser humano desfruta do petróleo e seus derivados, temos que aprender algo. E percebo que existem muitas lições nessa vida.

- A primeira delas está nos vv.20-21 do capítulo 1. Ler este trecho isoladamente pode nos fazer pensar que se trata de uma bela confissão de louvor e adoração. Que neste dia Jó estava tão entusiasmado que resolveu mudar o visual e declarar a exaltação de Deus em sua vida. Quando Jó adora a Deus nestes versículos, ele havia perdido tudo, bens e filhos, as coisas mais valiosas para um homem oriental.

- A vida de Jó nos ensina que precisamos aprender a adorar a Deus na adversidade. Jó não estava louco, ele não estava sob efeito de algum entorpecente, pelo contrário, estava lúcido, estava consciente. Sendo uma pessoa piedosa, que se preocupava em oferecer sacrifícios a Deus por seus filhos (Jó 1:5). Jó ao receber uma trágica noticia, em vez de murmurar, em vez de abandonar a fé, ele adora a Deus. Com isso queremos fazer três afirmações:

I – ATÉ UMA PESSOA FIEL A DEUS PODE SOFRER AFLIÇÕES E PERDAS

- Lendo a história bíblica conseguimos extrair várias percepções. Jó era uma pessoa extremamente correta, bem sucedida e temente a Deus. Tanto é que na história, Satanás vem dos quatro cantos da terra e ao ser interpelado por Deus escuta da boca do Criador: Perguntou ainda o Senhor a Satanás: Observastes o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal (v.8).

- Imagino que Jó não fosse perfeito, que ele precisasse desenvolver uma vida espiritual mais profunda com Deus, mas Deus afirma ser este homem integro, reto e temente a Deus. Além disso, tudo, ele se desviava do mal. Não fazia mal a ninguém, pelo contrário até onde sabemos era fiel a Deus.

- Nos vv.11-12 percebemos uma permissão de Deus para que o inimigo o atacasse, mas sem a permissão de tocar em Jó. Mas Veja o detalhe do v.13: sucedeu um dia. Não sabemos que dia da semana era, mas com toda certeza foi o pior dia de sua vida.

- Creio que a história de Jó está na Bíblia para deixar claro aos cristãos, para quem serve a Deus que o Senhor não nos quer vivendo em sofrimento para sempre, mas pode ser que em algum momento isso seja permitido por ele. Mas o que devemos pensar como cristãos é que se já nos chateia quando quebra o carro, quando um negócio não dá certo, quando perdemos o emprego, então imagine perder em um dia todos os bens e filhos!

- Se nos determos apenas aos primeiros capítulos de Jó ficaremos revoltados com a vida, mas quem já leu os 42 capítulos sabe que Deus fez uma grande obra na vida de Jó. Até uma pessoa de Deus, que crê, que frequenta a Igreja pode passar por aflições, sofrimentos e dificuldades. Isso não deve gerar em nós sentimento de derrota, de que somos azarados, que tudo de ruim acontece conosco. Devemos sim saber que se coisas parecidas com a história de Jó estão acontecendo conosco é porque Deus permiti que isso aconteça para nosso crescimento e tratamento espiritual.

 

II -ADORAR NÃO NOS IMPEDE DE EXPRESSAR          NOSSA TRISTEZA

- Você já recebeu noticias tristes? Coisas que vieram realmente para lhe derrubar? Foi o que aconteceu com Jó. Primeiro dizem para ele que parte de seus filhos foram mortos por assaltantes (latrocínio) nos vv.13-15. Depois outro servo lhe comunica que um incêndio destruiu sua fazenda no v.16. Depois no v.17 outro trouxe a noticia que roubaram seus camelos. E para finalizar o dia, outro servo no v.18-19 trouxe a noticia que os demais filhos morreram em meio a uma ventania.

- Aprendemos que devemos adorar a Deus em toda e qualquer circunstância, mas isso não nos impede de manifestar nossa tristeza. No v.20 encontramos um homem totalmente triste: raspar cabeça, rasgar vestes, lançar-se na terra era a atitude de alguém triste.

- Adorar a Deus na adversidade não significa que ficaremos sorrindo a todo momento, que vamos fazer uma festa ou até um culto de louvor e adoração. Adorar a Deus em momentos difíceis é a tarefa de não murmurarmos, de não darmos brecha ao inimigo reclamando de Deus ou da vida.

- Tristeza como o salmista que disse para Deus no Salmo 31:9. Para que venha a alegria é necessário que em muitas situações passemos pela tristeza (João 16:20). O próprio Jesus sempre alertou seus seguidores que no mundo passariam por aflições, mas com bom ânimo eles venceriam (João 16:33).

- Mas o que devemos aprender com Jó foi sua capacidade em dar graças a Deus mesmo estando triste. Com isso nos lembramos do ensino de Paulo, que ao escrever aos cristãos de Tessalônica recomendou: Em tudo daí graças (1 Tessalonicenses 5:18). Na verdade louvar, adorar e exaltar a Deus é o instrumento de Deus para sarar a dor do nosso coração.

 

III – O ADORADOR NUNCA CULPA A DEUS PELAS ADVERSIDADES

- A terceira afirmação que fazemos de Jó é sua capacidade em louvar e adorar a Deus. Mas dentro disso vemos um homem que tem consciência de quem é Deus. Nos vv.21-22 além de Jó dizer que Deus é bendito, o autor afirma que Jó não culpa a Deus. Temos essa inclinação de pensar que foi Deus quem fez aquilo conosco.

- Muitas pessoas estão na Igreja mas vivem um cristianismo de revolta, de descrença, pois no fundo de seu coração creditam a ele muitas de suas mazelas. Precisamos aprender a olhar para Deus e vê-lo como um Deus maravilhoso e que se preocupa conosco.

- Não foi Deus quem nos adoeceu, não foi Deus quem causou aquele acidente de transito, não foi Deus quem jogou os aviões nas torres gêmeas do Word Tred Center, não foi Deus quem lhe colocou nessa situação. Temos que adorar a Deus por tudo, sabendo que um dia teremos a resposta para todas as nossas indagações.

- Quem adora a Deus aprende a perceber que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus (Romanos 8:28). Quem adora em vez de culpar a Deus reconhece que Deus sabe de todas as coisas, que ele é soberano e está no controle de tudo. Na visão sem Deus Jó poderia se revoltar contra Deus. Na realidade, uma das crises religiosas no século 20 foi a pergunta: Por que Deus permitiu as bombas atômicas? Será que a culpa é de Deus ou isso é conseqüência do pecado e rebelião do ser humano?

Em Gênesis 2:12 está registrado a postura que não devemos ter. Quando Deus questiona Adão por terem comido a árvore do conhecimento do bem e do mal, sabe qual foi a resposta dele? A mulher que me destes. Adão estava culpando a Deus!

Conclusão

- Realmente Jó é um exemplo de sofrimento, mas vemos nesse servo de Deus o desejo de adorar a Deus mesmo em meio a adversidade. Quem a partir de hoje aprendamos a cultivar essa vida com Deus. Amém.

Escrito em São José do Rio Preto, 03 de março de 2010. Pr. Gilbean Ferraz

OBS - DEIXE SUA OPNIÃO SOBRE ESTE ASSUNTO!!!

Receba a provisão de Deus! Este sermão vai lhe ajudar!

RECEBENDO A PROVISÃO DE DEUS!

Texto: Gênesis 22:1-19

Introdução

- Este estudo faz parte de uma série de pregações que tem como tema geral: As grandezas de Deus em nossas vidas. Pois lemos em Deuteronômio 11:2 que não podemos nos esquecer das grandezas de Deus. E pelo fato dele ser grande uma de suas grandezas é ter a capacidade de nos dar provisão de tudo.

- Estamos diante de Gênesis 22:1-19 texto bíblico conhecido de todos que nos relata uma dessas histórias da Bíblia em que Deus manifesta essa sua grande capacidade. Ele proveu Abraão, isso é significativo pois mais do que nunca Abraão precisa de Deus. Evidente que foi o Senhor quem solicitou o sacrifício de seu filho Isaque, mas Deus não queria a morte dele, mas sim confirmar até que ponto Abraão estava firme com Deus.

- Quando lemos Abraão afirmando no v.8 Deus proverá, vemos a certeza de alguém que sabe que de alguma forma tudo caminhará, se acertará, que haverá uma porta, o querer soberano e realizador de Deus se concretizando.

- Nesta história encontramos uma promessa em jogo. Vocês sabem que Abraão e Sara foram chamados por Deus para formarem o povo escolhido de Deus. Sara era estéril e não podia dar filhos a Abraão, o maior desejo de um homem naqueles dias. Então, já na velhice, Deus presenteia este casal com Isaque, o filho da promessa, por meio de quem Deus daria uma descendência numerosa para Abraão e Sara, cumprindo a promessa de Gênesis 12:1-3.

- Se coloque na situação de Abraão, quando nos vv.1-2 Deus lhe pede seu filho. Qual seria sua reação? Pode ser que você nunca passe por isso, mas é provável que muitos de nós estamos esperando pela provisão que vem de Deus, na vida familiar, na renda, enfim, em alguma necessidade que só ele pode suprir e prover. Para receber a provisão de Deus não existe uma receita pronta, mas sim a consciência de como isso se concretiza:

I – DEUS PROVE QUEM É PROVADO E APROVADO

- Ser uma pessoa de Deus trás sobre nós o peso da prova. Deus não tenta ninguém. Nunca ele colocará uma mala de dinheiro diante dos seus olhos para ver se você pega ou não. Mas muitas coisas que ocorrem em nossa caminhada é uma prova para nosso crescimento.

- As vezes lemos a Bíblia como se essas pessoas aqui relatadas fossem personagens de revista em quadrinho, de filme de super herói. Salvo as parábolas, metáforas, as demais histórias bíblicas tem como atores pessoas reais, que vivenciaram isso. Imagine esperar décadas para realizar um sonho, e depois de realizado, desfrutando, estar na iminência de perder, e ter a consciência que perderá e colaborar para perder seu sonho.

- Deus prova para aperfeiçoar, para tratar, para curar, para fortalecer, para abençoar, nunca para destruir, para arruinar, ou se vingar de alguém. Não existe homem ou mulher que realmente tenha a honra de carregar o título: de Deus, que nunca tenha sido provado por Deus. Leiamos Êxodo 15:25; 2 Crônicas 32:31.

- Relacionado a isso, temos que nos lembrar de Davi. Para que um dia ele pudesse dizer: O Senhor é o meu pastor e nada me faltará, ou terei provisão de tudo (Salmo 23:1). Ele primeiro foi provado por Deus e aprovado em sua caminhada de fé (gigante Golias, Bateseba). Tem pessoas que querem ser providas, mas não provadas e muito menos se preocupam em serem aprovadas por Deus. Para Davi isso era tão claro que ele aprendeu a orar: Sonda-me ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos (Salmo 139:23).

- Certamente que para Abraão seu filho Isaque era o que de mais caro ele tinha. Pode-ser que Deus quisesse ver se realmente Abraão considerava o Senhor como a pessoa mais importante de sua vida. O que temos que entender na história de Abraão é que em nossa jornada seremos provados por Deus, espero que consigamos alcançar as mesmas expectativas que Paulo nutria por Timóteo: Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade (2 Timóteo 2:15).

II – DEUS PROVE QUEM DESENVOLVE UMA FÉ NO SOBRENATURAL

- Esta história da Bíblia é interessante, pois Abraão, Sara, enfim essa família da Bíblia estavam no melhor momento de suas vidas. Um filho havia nascido, estava crescendo e já entrando naquela fase de compartilhar, de estarem juntos, mais no caso de Abraão e Isaque. Por que no final da história Abraão sacrifica para Deus um carneiro e não mais seu filho como Deus havia lhe pedido?

- Primeiramente Deus não queria matar Isaque, e sim ver até que ponto a fé de Abraão era sólida e comprometida com Deus. Já sabemos que Abraão é nosso pai na fé. Este homem não acreditava em Deus, ele vivia Deus, transpirava por seus poros a certeza da grandiosidade desse Deus.

- Se voltarmos em Gênesis 21:12 perceberemos que a promessa que Deus fez para Abraão se direcionava a Isaque. Significa que Deus não requereria a vida de Isaque. Porém, era tão sério o que Abraão escutou de Deus que ele se levantou de madrugada, tomou seu filho e dois servos, preparou a lenha e foi até o lugar que Deus lhe indicou. Após uma longa viagem de três dias chegou ao local.

- Esse homem tinha uma fé no sobrenatural. Muitos não são atendidos, não são abençoados porque crêem enquanto podem ver, enquanto podem tocar, enquanto está perto, enquanto tudo está caminhando. No v.5 vemos que uma fé no sobrenatural é o que credencia Abraão a ter recebido a provisão divina.

- Em seu comentário Russell Shedd afirma que: “voltaremos era a firme convicção que ele e Isaque, de fato, voltariam. Sua fé, destacada em Hebreus 11:17-19, se fundamentava sobre a promessa de Deus...”. Uma fé baseada independentemente das circunstâncias, mas que se constrói a partir daquilo que cremos e enxergamos com os olhos da fé. No v.8 Abraão confirma sua fé para seu filho e no 13 ele vê sua fé concretizada.

 

III – DEUS PROVE PARA EVITAR A TRAGÉDIA E RUINA DE ALGUÉM

- A leitura de Gênesis 22:1-19 tem que ser na perspectiva de que se trata de um escolhido de Deus, de alguém que tem em sua vida a marca da promessa. Sobre isso, ser escolhido por Deus é uma sensação maravilhosa.

- Mantidas as devidas proporções é como comprar uma bichinho de estimação. Pode ser uma iguana, uma cobra, um gato, cachorro, calopsita, enfim. Quando escolhemos é porque simpatizamos com aquele animal (tivemos uma experiência dessas dias desses). Deus nos escolheu, por isso afirmamos que ele nos ama, e quer evitar que nossa vida ou missão se torne em tragédia.

- Imagine se Gênesis 22:20 fosse a introdução do velório de Isaque. Pensar que a morte de Isaque seria o fim de uma promessa, de um sonho, de uma família, nos faz ter a certeza de que Deus não quer nosso mal e sim o nosso bem. Que Deus quer nos ver recebendo e aproveitando o melhor desta terra (Isaías 1:19).

- Abraão era um escolhido de Deus, recebeu uma missão, um desafio de ser pai de muitas nações. Que tragédia seria ter que sacrificar seu filho. Por isso, saiba que mesmo que tudo esteja aparentemente errado, dando para trás, fique tranquilo. Se você é um escolhido, se somos de Deus ele nos abençoará com a provisão e no final tudo dará certo.

- Se olharmos para todo o relato bíblico percebe-se que foi por isso que Deus proveu a viúva de Serapta, que foi por isso que Pedro pescou de forma maravilhosa. Foi por isso que não faltou óleo na casa daquela mulher. É por isso que o povo de Israel, no deserto não teve falta de nada.

- Deus proveu Abraão (v.13), pois a intenção de Deus não é assistir nossa tragédia e ruína, mas sim glorificar seu nome em nossas vidas; cumprir sua vontade e demonstrar de forma concreta o quanto ele nos ama, e que a sua bênção repousa sobre as nossas vidas.

 

Conclusão

- Crer na provisão de Deus é um passo fundamental para receber tal bênção. Mas entender o por quê Abraão foi provido é tão importante quanto, pois nos ensina que a provisão é uma das grandezas de Deus na vida do seu povo. Que nunca um filho de Deus que o segue e obedece como Abraão ficará desamparado ou sem ser suprido por Deus. Pois ele é o Jeová Jiré, o Deus da provisão. Em nome de Jesus, amém.

Escrito em São José do Rio Preto, 28 de fevereiro de 2010. Pr. Gilbean Ferraz

UMA MENSAGEM SOBRE NOSSA ALIANÇA COM DEUS!

UMA IGREJA ALIANÇADA COM DEUS!

Texto: Hebreus 8:6-13

Introdução

- Celebrar o aniversário da Igreja é algo muito bom e importante, pois significa que estamos vivos e integrados a vida da Igreja. Mas entendemos que além de recebermos convidados, comermos bolo, quitutes e bebermos refrigerante, é tempo de refletirmos nossa caminhada com Deus.

- O texto da Bíblia que escolhemos como norte das pregações está localizado em Deuteronômio 11:2: Considerai hoje (não falo com os vossos filhos que não conheceram, nem viram a disciplina do Senhor, vosso Deus), considerai a grandeza do Senhor, a sua poderosa mão e o seu braço estendido. Neste mês de aniversário queremos relembrar a Igreja a respeito das grandezas de Deus, daquilo que ele já fez por nós e serve de referência a cerca do que ele fará.

- Nunca se esqueça que a maior grandeza de Deus é ter manifestado a humanidade sua graça e misericórdia. Mas outra grandeza de Deus é constantemente nos proporcionar livramento. Qual outra grandeza dele que precisa ser ressaltada neste domingo?

- Em Hebreus 8:6 diz que Jesus é o mediador de superior aliança. Tenho uma notícia para você, preste bem atenção: Deus quer ser seu sócio! Que coisa impressionante. Mas não é da sua empresa, família, emprego, mas sim de toda a sua vida. Podemos ter a certeza que existe da parte de Deus uma grande disposição em firmar uma parceria conosco, em estabelecer aliança com pessoas que acreditem nele de todo o seu coração.

- Vivemos em uma sociedade que não presa mais pela aliança, compromisso. Se não há compromisso com pessoas, com instituições, com a vida, imagine se as pessoas querem firmar uma aliança com Deus? Como membros e frequentadores de uma Igreja de 47 anos e que quer ser aliançada com Deus, precisamos compreender três coisas:

I – AO LONGO DA HISTÓRIA DEUS

 QUER FIRMAR SUA ALIANÇA

- Sem ler a Bíblia é impossível compreendermos a Deus, sua forma de agir e o seu plano para as nossas vidas. Por que afirmo isso, pois é na Palavra que percebemos as marcas desse Deus. Uma das principais características de Deus é se preocupar com as pessoas. Ele busca pessoas que estejam dispostas a serem cuidadas, orientadas e abençoadas por ele. Você quer isso para sua vida? É preciso então firmar uma aliança com Deus.

- A primeira aliança que Deus firma é ao criar a humanidade. Ele escolhe as pessoas para serem seu povo e ele seu Deus (Levítico 26:12). Com a queda, o pecado que chamamos de original, cometido por Adão e Eva, as pessoas estão impossibilitadas de estarem diante de Deus (Gênesis 3:24).

- No pecado o ser humano foge de Deus, pensa que não precisa do Senhor, mas Deus sempre quis estar presente na vida de sua criação. Então Deus firma uma aliança com Noé (Gênesis 9:9). Ele separa Noé e sua família, para preservá-los de um grande dilúvio. Depois com a nova povoação da terra, com o surgimento dos povos, e novamente a recusa das pessoas de seguirem a Deus resolve firmar uma aliança com Abraão (Gênesis 12:1-3), depois Isac e Jacó (Êxodo 3:6). Depois Deus firma uma aliança com Davi (Salmo 89:3-4). E por fim, Deus firma uma aliança com todo aquele que crê de coração no Senhor Jesus (2 Coríntios 3:6).

- Deus não precisa de pessoas, mas ele gosta de estar com elas. Deus não depende de ninguém, mas é seu prazer ser o Deus de uma pessoa. Na realidade fica evidente que Deus acredita no ser humano. Mas mais do que isso, sinto que Deus quer estar presente estendendo sua mão de cura, libertação e restauração. Não importa como esteja nossa vida, hoje vejo um Deus com sua mão estendida querendo tomar conta de nossa vida.

- É por isso que defendemos a família, o compromisso com Deus, a importância de nos dedicarmos a obra de Deus, pois o Deus se apresenta dessa forma para que todos saibam que de geração em geração ele faz pactos com seres humanos que se tornam seu povo e seus filhos.

II – EXISTE UM GRANDE PERIGO

 EM SE QUEBRAR UMA ALIANÇA

- Neste dia em que estamos celebrando 47 anos de caminhada precisamos atentar para alguns detalhes do texto bíblico. No v.9 o autor se lembra do tempo em que o povo de Israel não continuou na aliança com Deus.

- Está claro que aliança é uma iniciativa de Deus, que parte do Criador, que por amor e misericórdia resolve nos abençoar. Se lembrarmos do conhecido texto bíblico de João 3:16, está escrito que: Por que Deus amou o mundo...; Sendo Jesus o mediador dessa nova aliança, só o é por iniciativa de Deus. Mas em todas as alianças registradas na Bíblia, existe uma contra-partida, é preciso que se corresponda a algo. Aquilo que chamamos de condicionais.

- O autor de Hebreus se preocupa em nos alertar sobre o perigo de quebrarmos essa aliança com Deus. Pois imagine que o fato de Jesus ter se tornado mediador da nova aliança, significa que não existem mais possibilidades de alguém receber o estatus de sócio de Deus, ou de alguém que possui uma parceria com Deus, se não for através de Jesus. Quem rejeita a nova aliança rejeitou a tudo.

- Converse com o empresário e pergunte o que ocorre quando se quebra um contrato com outra empresa. Veja os conflitos que alguns países enfrentam por não cumprirem uma aliança feita com outros povos. Basta ver o que ocorre quando uma pessoa não cumpre um simples contrato, na compra de algum bem, logo se está com o nome em protesto, logo se enfrentará as conseqüências de ter quebrado um compromisso assumido.

- O autor de Hebreus faz menção ao tempo posterior a posse da terra prometida em que se jurou cumprir a aliança com Deus (Josué 24 :14-25). E o custo de se quebrar uma aliança com Deus é o risco de nos desviarmos e nunca mais voltarmos. Enfrentamos revezes. Um dos motivos do povo de Israel e Judá terem experimentado o exílio na Babilônia, passar pela humilhação de serem dominados por outros países foi com certeza o dia em que eles quebraram sua aliança com Deus.

III – ESSA ALIANÇA É BASEADA

EM EXPERIÊNCIA E CONHECIMENTO

- É interessante o v. 6 de Hebreus 8, pois Jesus é o mediador de uma superior aliança. O que significa isso? Que Deus está cansado de sacrifícios sem sentido, de pessoas que são meramente religiosas, e que agora não é uma circuncisão ou um animal que nos justifica diante de Deus, mas sim o próprio filho de Deus.

- Mesmo que tenha dito que podemos entender aliança com parceria, não podemos pensar que é uma simples sociedade. No comentário bíblico da Editora Vida está escrito assim: A aliança entre Deus e o homem, no entanto, nunca pode ser considerada meramente um contrato entre duas partes iguais. Antes, Deus é o único que toma a iniciativa, que estabelece os termos sob os quais o acordo será posto em prática. Embora Deus seja o parceiro principal, por assim dizer, os homens, mesmo assim são livres para responder, livres para escolher se vão aceitar ou não esse convite. Se aceitarem, tornam-se o povo que o adora, e ele se torna seu Deus.

- Deus firma uma aliança conosco, pois procura pessoas sinceras, dispostas, que o adorem em todo tempo, que façam isso em espírito e em verdade (João 4:23-24). Deus quer pessoas que queiram desenvolver uma experiência verdadeira, que queiram conhecê-lo de verdade. Fica claro nessa leitura da Bíblia que Deus quer o nosso coração e a nossa mente (Romanos 12:1-2).

- Hoje há muitas Igrejas pregando que para termos uma aliança com Deus temos que provar com sacrifícios de ordem financeira. Isso é uma grande mentira. Temos que provar que temos uma aliança com Deus através de nossa vida, através de experiência diária e conhecimento na Palavra.

- É por isso que oramos e jejuamos, pois queremos a maior bênção de todas que é em seu coração estar gravado a vontade de Deus (v. 10) é sua mente estar cheia do conhecimento de Deus (v.11). É termos a certeza de que em Cristo Jesus, Deus realmente nos perdoa, e nos dá a possibilidade de permanecermos em sua presença.

Conclusão

- A aliança de Deus firmada em Cristo Jesus com a humanidade é com toda certeza uma das grandezas de Deus em nossas vidas. Pois o que seria de nossas vidas, se ele não tivesse estendido sua mão, se ele não quisesse nos adotar como filhos e povo de propriedade exclusiva dele? Ao longo desses 47 anos nossa Igreja está sob essa nova aliança. O dono da Igreja sempre foi Jesus, mesmo que em momentos da história pessoas tenham se sentido donas dela. A Igreja sempre esteve no santo caminho, mesmo que tenhamos inúmeros relatos de falta de santidade. A Igreja sempre foi abençoada, mesmo que tenhamos visto a mão do Senhor pesar impedindo sua bênção de ser derramada. Mas ao completarmos 47 anos acordamos para a verdade que precisamos mais do que nunca sermos uma Igreja aliançada com Deus, uma Igreja que se renova e busca viver a vida plena prometida para que vive na graça da nova aliança com Deus. Em nome de Jesus, amém.

Escrito em São José do Rio Preto, em 21 de fevereiro de 2010

Pr. Gilbean Ferraz